Robinson Faria hostilizou Fábio Dantas

Não pode ser considerado fato politicamente normal, a “desautorização” do governador Robinson Faria ao envio de mensagens à Assembleia Legislativa pelo seu vice-governador Fábio Dantas, durante o período em que o chefe do executivo esteve no exterior.

“Combinado” ou não, caracteriza ato de hostilidade política formal.

Pelo que se sabe, não houve “combinação”.

Tudo nasceu na “intriga palaciana”, de que o vice Fábio Dantas estaria se preparando para disputar o governo em 2018.

Há até quem adiante terem sido as mesmas pessoas “ligadas a Robinson”, as quais, em anos passados, afastaram ele de Rosalba Ciarlini, também através de intrigas “plantadas”.

O governador é conhecido por acreditar, além dos limites, nas informações de alguns “palacianos” que o cercam, todos eles com a preocupação extremada de cortar pela raiz possíveis interferências e/ou presenças de terceiros, sobretudo daqueles que demonstrem competência.

O inusitado fato é agravado, se considerada a notória discrição do vice Fábio Dantas.

Desde o início do governo tem revelado equilíbrio no exercício do seu cargo.

Fala pouco, ouve muito e mostra cordialidade com todos.

Além disso, preserva trânsito livre na Assembleia Legislativa, onde a sua esposa exerce mandato.

É um vice estilo Marco Maciel.

Observe-se que as medidas (aliás, oportunas) propostas por Fábio Dantas à Assembleia, não se aplicariam, se aprovadas, à atual gestão.

Seriam para o próximo governo.

Em verdade, o clima político do governo Robinson Faria torna-se a cada dia mais agitado e instável.

Esvaziam-se os apoios que busca aglutinar para a reeleição, sobretudo por ter optado em agregar adversários e afastar correligionários, desde o início da administração.

Agora, alguns “agregados” (há exceções) já se preparam para apoiar o “próximo governo que vem aí , enquanto os correligionários se distanciam, cada vez mais.

Será um preço político elevado para Robinson, na hora da urna.

Além da celeuma com Fábio Dantas, que embora desmentida deixa “cicatrizes”, segundo informação circulante, há três meses o governo não repassa o duodécimo ao Legislativo, Judiciário e Ministério Público, gerando profunda insatisfação, ainda em gestação.

Se isso tivesse ocorrido no governo de Rosalba Ciarlini, o mundo já teria caído, até com pedido de impeachment.

Entre uma dificuldade e outra, regra geral transformada em crise, o governador Robinson Faria caminha para disputar a reeleição em 2018.

Zomba das pesquisas divulgadas, que o colocam em desvantagem.

Recorda que em 2014 ocorria o mesmo e ele ganhou a eleição.

Caberia lembrar, entretanto, que essa comparação é igual à semelhança existente entre “azeite e água”.

2018 será atípico.

Por isso torna-se difícil prever, o que irá acontecer!

Por Ney Lopes – Ex-deputado Federal



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